É preciso romantizar a vida.
Há pouco tempo cruzei-me com esta frase. Não senti grande empatia - confesso - imaginei todos os filmes de amor, todas as histórias que em muito pouco se assemelham à realidade que conheço. Achei a ideia engraçada, o princípio bonito, mas não entendia como romantizar a vida não seria sinónimo de desilusão. Depois sorri. E entendi que efectivamente é preciso romantizar a vida. Mas a nossa vida! Fazer dela - e de todas as coisas que nos acontecem, momentos especiais. Apreciar as pequenas coisas. Saborear cada café, fazer de cada refeição um momento especial, ao qual devemos dedicar tanta atenção quanto for possível. Dançar sem motivo, fazer algo de que realmente gostamos sem ter de ser um dia a assinalar no calendário. Fazer as pessoas de quem gostamos sentirem-se acarinhadas. Deixar de guardar tantas coisas para dias "especiais". Cada vez mais urge fazer sim, de todos os dias, dias especiais. Com isto não quero dizer que a nossa vida não tenha altos e baixos. Tem... é isso que nos faz sentir vivos. Mas quando vos sugiro que é preciso - e quase urgente - romantizar a vida, o que quero dizer é que devemos comparar menos - o que na generalidade das vezes até nos faz sofrer um pouco - e devemos sim, viver mais!
Se isto significa que querer diferente é errado? Nada disso! Mas significa que hoje, temos oportunidade de aproveitar este momento, com a satisfação que muitas vezes nos esquecemos que merecemos.